Populismo, breve resenha
Vorph "ги́ря" Valknut
Na imagem o símbolo da Guarda de Ferro.
Transcrição de uma entrevista dada à TSF.
Um Partido que:
1.Baseie as suas soluções em simplificações de problemas complexos é populista.
2.Recorra a uma retórica política identitária, associando uma raça, uma etnia, etc, a um conjunto de características viciosas intrínsecas (genéticas) é mais que populista (a sub-humanização antecede, SEMPRE, a barbárie, o genocídio - ex: as baratas tutsis, do Ruanda, os bacilos judeus, da Alemanha, os pretos, macacos, aqueles do sul da Europa...)
3.Tenha como líder alguém que acredita ter sido eleito por vontade de deus, confundindo, mais tarde, a letra do seu punho, com a letra divina. Chegados aqui, o líder é já um Messias, e a sua Doutrina, texto sagrado. (no fascismo, "puro e duro", há sempre um fascínio pelo oculto - ex: Vril e Sociedade Thule).
"A 13 de Maio de 1917 Portugal mudou para sempre. Fomos escolhidos! Também eu senti esta mudança profunda num 13 de Maio da minha vida. Hoje sinto, sei, que de alguma forma a minha missão política está profundamente ligada a Fátima. É este, talvez, o meu grande Segredo"
4.Que apele, que alimente, os mais baixos instintos (porque do Paleoencéfalo), como a defesa da "raça", a "honra do sangue", a violência como molde das mais belas virtudes (ex: valores militares), o temor pelo desconhecido, pelo Outro, pelo ambivalente, que defenda ser todo o castigo, resultado de uma culpa, qualquer - não há vitimas, apenas vitimização (Deus, lá saberá o que faz; o fatalismo estóico, como Ideal) - adoptando, consequentemente, uma mundividência simplista, primária e binária da realidade (Nós vs Outros) é, também ele, um partido populista.
5.Que resuma o seu programa político à Ordem e Segurança da Comunidade, sacrificando os Direitos, Liberdades e Garantias Individuais, é populista.
André Ventura é um populista de Extrema Direita, com laivos de algo que, facilmente, o podem levar ao sinistro.
(texto originalmente publicado em 21.11.2019)