As Redes Sociais/Internet são a Reforma democrática.
Vorph "ги́ря" Valknut
As redes sociais não constituem uma ameaça à democracia, representam, isso sim, uma ameaça às redes de influência que, ao longo de décadas, a usurparam.
Tal como, no século XVI, Lutero e os Protestantes deram, ao povo, o conhecimento bíblico directo, sem intermediação dos vigaros vigários, em aberto protesto contra os abusos de Roma, as redes sociais e, consequentemente, a Internet democratizaram a informação, cativa, durante demasiado tempo, de uns selectos manipuladores, eufemisticamente designados por, "intermediários". Estes, escudados pela Palavra do Senhor, e pela ignorância, da maioria, dos textos sagrados, estabeleceram um sistema decadente, corrupto e causador de inúmeras misérias humanas (o conhecimento como instrumento de Poder).
Ora as redes sociais /internet, ao democratizarem a informação, ao dispensarem os farsantes "intermediários", permitiram, ao povo, o saber, ao "vivo e em directo", de perigosos conhecimentos, afectos aos mecanismos democráticos. Desta forma, a Internet foi para a Democracia o mesmo que a Reforma Protestante foi para a Religião. Sabendo, nós, que o movimento Protestante enfraqueceu a Religião, pelo surgimento, posterior, de diversas Igrejas/Escolas Reformistas, é natural que a Internet fragilize a Instituição Democrática (Quod erat demonstrandum). Mas, como disse, a culpa é do Sistema Político e não do "Sistema Informático".