...
Vorph "ги́ря" Valknut
Repousa, para sempre,
Meu coração cansado
Que o engano extremo
Acreditado eterno – é morto.
Sinto, em nós, enganos puros,
Não, já ,a esperança ( o desejo, é extinto).
Dorme, até nunca,
que o muito que pulsaste
Não vale coisa alguma.
De teu, nem o suspiro é digno.
À terra, amarga e balda
É assim a vida, mais que tudo.
É lama do mundo.
Aquieta-te, mas não creias,
Uma outra vez!
(Querer, nosso, o fado
Paga-se em morte).
Despreza-te, por fim,
E à natureza, e ao poder que, ingente, à comum perda leva
Brindo à Infinita vaidade de tudo.
Tradução semi-livre; Giacomo Leopardi (1798-1837)