Sad Steps, de Philip Larkin (Ilneas)
Vorph "ги́ря" Valknut
Tristes passos
Tropeçando de volta à cama depois de uma mijadela
Afasto as espessas cortinas e assombro-me
Perante as nuvens que correm, numa lua tão limpa.
Quatro da manhã: os jardins de sombras oblíquas, jazem
Sob um céu cavernoso , rasgado pelo vento.
Há nisto uma faceta absurda,
Na lua a lançar-se através de nuvens fugazes
Soltas como fumo de canhão, para logo se apartar
(A luz pétrea, cá em baixo, subindo os telhados)
Alta e soberba e separada —
Pastilha de amor! Medalhão de arte!
Ó lobos da memória! Imensidades! É certo,
Há um leve arrepio, quando se olha para o Alto.
A dureza e a claridade e o alcance,
A singularidade de tão vasto e fixo olhar
Como a lembrança da força e da dor
De ser jovem; do que não se pode ter de novo,
Mas que é vivido por outros, em pleno, nalgum lugar.
Philip Larkin