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Vorph "ги́ря" Valknut
A forma mais habitual de tratar um bom Homem é com condescendência. Como se vissemos, no bom do Homem, não mais que um idiota disfarçado.
O Idiota é, porventura, dos cinco grandes romances de Dostoiévski, o mais perfeito - na composição, no estilo, no aprofundamento dos carateres. Foi também de todos os romances do autor, o mais incompreendido na sua época. Dostoiévski pretende, segundo as suas próprias palavras, «criar a imagem do homem positivamente bom», uma encarnação da beleza, da bondade e da humildade, figura de herói entre Dom Quixote e Cristo, mostrando o que pode acontecer a um homem assim, em contacto com a realidade.