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B(V)logue de Alterne

Gosto de, sob o Facho, usar a Foice mas, tenho, no Martelo, o meu maior prazer.

B(V)logue de Alterne

Gosto de, sob o Facho, usar a Foice mas, tenho, no Martelo, o meu maior prazer.

05.11.19

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Vorph "ги́ря" Valknut

Fácil é pensarmos em nada. Dificílimo é em nada pensarmos.

9 comentários

júlio farinha
05.11.19

Melodias ou os vídeos? Difícil escolha. Quanto ao pensar, convoco Descartes e respondo: não pensar não implica ausência da existência - humanamente falando.
Vorph "ги́ря" Valknut
05.11.19

Pensar, para subir, implica ausência de palavras, porque as palavras têm o peso das coisas sabidas cá de baixo. E há verdades que nos pousam só na pele. Há coisas muito altas que só sabemos quando dados a mortos. E outras muito distantes que só são dadas a ver com uns olhos, que nossos, nos são indistintos...conclua, feche-o, Júlio.

PS: A música (de Nils Frahm) desagarra-me o pensamento das palavras.
júlio farinha
05.11.19

Há verdades que, de facto, nos são dadas na sensibilidade e outras, talvez as mais autênticas, que se desvelam por um poder racional, universal. Isso é encargo do intelecto. As palavras são expressão do pensamento. Não se podem desagarrar dele. Quando isso acontecer estamos mortos.
Vorph "ги́ря" Valknut
05.11.19

"As palavras são expressão do pensamento. Não se podem desagarrar dele. Quando isso acontecer estamos mortos" .

Não confie demasiado nos sentidos do intelecto para descobrir o transcendente. Use-o apenas para subir até à altura de uma árvore, quanto muito.

A meditação é um pensar sem palavras
júlio farinha
05.11.19

Na realidade, tens razão. Ou o que dizes está certo. Pode-se,obviamente, pensar em silêncio. Tinha-me esquecido disso. Obrigado. Mas Vorph, os sentidos são uma coisa e o intelecto é outra. O intelecto é próprio da pura inteligência. Os sentidos enganam-nos frequentemente.
Vorph "ги́ря" Valknut
05.11.19

Verdade, os sentidos enganam, por vezes (?), a razão. Mas julgo que muita (?) da razão trabalha em nome da emoção/sentimento. Tendemos a racionalizar a irracionalidade dos apetites. Abraço, meu caro