Jean Michel Jarre - Oxygene
Vorph "ги́ря" Valknut
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Vorph "ги́ря" Valknut
Vorph "ги́ря" Valknut
Igreja de São Sebastião, Paredes de Coura
Vorph "ги́ря" Valknut
"Só tenho por consolação que os olhos se me vão acostumando à escuridão".
Últimos versos do poema, Outros Terão, de Fernando Pessoa.
Vorph "ги́ря" Valknut
Vorph "ги́ря" Valknut
André Ventura, o Arsenal, o Pilão, da Democracia.
Vorph "ги́ря" Valknut
Quando está frio no tempo do frio, para mim é como se estivesse agradável,
Porque para o meu ser adequado à existência das coisas
O natural é o agradável só por ser natural.
Aceito as dificuldades da vida porque são o destino,
Como aceito o frio excessivo no alto do Inverno—
Calmamente, sem me queixar, como quem meramente aceita,
E encontra uma alegria no facto de aceitar—
No facto sublimemente científico e difícil de aceitar o natural inevitável.
Que são para mim as doenças que tenho e o mal que me acontece
Senão o Inverno da minha pessoa e da minha vida?
O Inverno irregular, cujas leis de aparecimento desconheço,
Mas que existe para mim em virtude da mesma fatalidade sublime,
Da mesma inevitável exterioridade a mim,
Que o calor da terra no alto do Verão
E o frio da terra no cimo do Inverno.
Aceito por personalidade.
Nasci sujeito como os outros a erros e a defeitos,
Mas nunca ao erro de querer compreender demais,
Nunca ao erro de querer compreender só com a inteligência.
Nunca ao defeito de exigir do Mundo
Que fosse qualquer coisa que não fosse o Mundo.
24-10-1917
“Poemas Inconjuntos”. In Poemas de Alberto Caeiro. Fernando Pessoa. (Nota explicativa e notas de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1946 (10ª ed. 1993). - 92.
Vorph "ги́ря" Valknut
(Minho, 2019)
Na ribeira deste rio
Ou na ribeira daquele
Passam meus dias a fio.
Nada me impede, me impele,
Me dá calor ou dá frio.
Vou vendo o que o rio faz
Quando o rio não faz nada.
Vejo os rastros que ele traz,
Numa sequência arrastada,
Do que ficou para trás.
Vou vendo e vou meditando,
Não bem no rio que passa
Mas só no que estou pensando,
Porque o bem dele é que faça
Eu não ver que vai passando.
Vou na ribeira do rio
Que está aqui ou ali,
E do seu curso me fio,
Porque, se o vi ou não vi.
Ele passa e eu confio.
2-10-1933
Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995). - 184.
Vorph "ги́ря" Valknut
"Reconhecer a realidade como uma forma da ilusão, e a ilusão como uma forma da realidade. Reconhecer que numa cela ou num deserto está o infinito, e que numa pedra se dorme cosmicamente.(...) Mais vale, sim, mais vale sempre ser a lesma humana que ama e desconhece, a sanguessuga que é repugnante sem o saber. Ignorar como vida! Sentir como esquecimento! (...) um cuspo frio do leme alto"
(adaptação livre)
14-5-1930
"Fase confessional", segundo António Quadros (org.) in Livro do Desassossego, por Bernardo Soares, Vol II. Fernando
Vorph "ги́ря" Valknut
Dedicada à minha querida Diana, que ontem me deu um "baile" de civilidade, humildade, bondade e educação.
Os benefícios da erudição, dependem, não dos conhecimentos adquiridos, mas do "terroir" inato.
Vorph "ги́ря" Valknut
Às almas antigas, que nos vejamos por aí!
Vorph "ги́ря" Valknut
A Vida, um teatro de sombras.
E nós, interpretações de uma história incompleta,
De créditos omissos.
Como um conto idiota,
Que tem, no começo, a afinação do final.
Poema inspirado no desalento de Tony Särkkä, e na música de Axa.
Vorph "ги́ря" Valknut
Vorph "ги́ря" Valknut
“O discurso é um senhor poderoso que (…) pode banir o medo e apagar a tristeza e instilar prazer e potenciar a piedade. (…) O poder do discurso tem o mesmo efeito sobre a alma, do que a aplicação de drogas sobre os corpos; tal como diferentes drogas dissipam diferentes fluidos do corpo e alguns acabam com a doença e outros acabam com a vida, assim alguns discursos causam dor, alguns, prazer, outros, medo” (Platão, em Górgias).
No seu Tratado (Retórica), Aristóteles atribui às emoções (pathos) um papel fulcral à Persuasão. O pathos define-se como a influência emocional que o orador possui sobre o auditório, sendo tal a sua importância que o filósofo lhe dedica três livros do seu Tratado. Se o objectivo é persuadir o auditório será essencial que o orador seja capaz de desencadear os estados emocionais apropriados, a cada situação, através de um discurso fluído, coerente, eficaz. As emoções, assim, desencadeadas afectarão os julgamentos.
Por outro lado, numa longa secção do, De Oratore (Livro II, 178-216), Cícero discute as técnicas emocionais que retomam as dos antigos ensinamentos gregos. Cícero salienta a importância da voz, dos gestos e da aparência. No mesmo tratado, é reconhecido o poder de um discurso verbal elegante com estilo elevado.
Citando Cícero:
"Note-se que, sem a língua (oratória), o coração (razão) não se manifesta sabiamente".
Rematando, Cícero, conclui:
"A verdade sem eloquência perde a sua força"
Vorph "ги́ря" Valknut
"Existe um destino comum para todas as estrelas. Lentamente começam a desaparecer, até mais ninguém se lembrar delas."
Vorph "ги́ря" Valknut
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Terceira Lei de Newton - para toda a Acção existirá uma Reacção, do mesmo valor e direcção, mas com sentido oposto.
(Lex III: Actioni contrariam semper et aequalem esse reactionem: sine corporum duorum actiones in se mutuo semper esse aequales et in partes contrarias dirigi).
Acção:
Tentativa de Golpe de Estado pelas "Forças da re(Acção) ".
Reacção:
Tentativa de golpe pelas "Forças Revolucionárias".
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Ao Norte, na floresta...
"Chegado a um bosque Zaratustra avista um eremita que o tenta convencer a não regressar para o meio dos homens. “Trago aos homens uma dádiva”, diz Zaratustra, mas o eremita avisa-o que o homem é imperfeito e mais sensato seria ficar, como ele, na floresta, compondo hinos a deus".
Vorph "ги́ря" Valknut
Compositor : Jeremy Soule