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Vorph "ги́ря" Valknut
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Vorph "ги́ря" Valknut
Vorph "ги́ря" Valknut
Valete - Nada a Perder
"Ontem pequenos rebentos, hoje corações sangrentos
putos sub-16, as ruas são os seus apartamentos
vêm daqueles bairros de má-fama, bairros problema
onde repórteres do drama, não conseguem desligar a câmera
aqueles bairros onde toda a gente reza, mas nunca se vê um sinal
só por baixo da pirâmede é que tu vês a classe social
os bairros onde se faz caridade e onde se nega oportunidades
os bairros onde as mulheres passam a vida na maternidade
putos comercializam todos os narcóticos mas na boca só entra wella
adora a escola, há lá bué de clientela
roubam carros, casas, lojas com toda a gente a vê-los
ilícito porquê ?! as ruas são deles
é melhor temeres, evita qualquer confrontação
e é melhor saberes que esses putos não tremem com armas na mão
quando aparecem na tua zona, ninguém sai de casa no serão
só as sirenes é que fazem os putos sair do quarteirão
mas eles sabem que respeito nas ruas não é só para quem tem testículos
também é necessário, aparecer na esquadra para encher currículo
isto é a legislação das ruas e fraquejar é sacrilégio
é difícil confiar em alguém, ter amigos é um previlégio
o povo chama-os de delinquentes, marginais, inconscientes
eles sabem que não têm futuro, mas eles têm o presente
e vão sempre vivendo o momento, com a mente, doente ou sã
e pensam no dia de amanhã, só amanhã
[Refrão]
sistema segrega e gera putos de corações sangrentos
nada a perder para quem nesta vida, vive ao momento
mal amados da nação, produtos de segregação
delinquentes puros, largam ódio em qualquer chão
sistema segrega e gera putos de corações sangrentos
nada a perder para quem nesta vida vive ao momento
mal amados da nação, produtos de segregação
delinquentes puros, não tremem com armas na mão
putos entiados do sistema têm na rua o corpo docente
muitos nunca viram o pai, porque a mãe não fodia bem o suficiente
pai ausente, mas estilo é o mesmo são pussy - dependentes
sentem amor por todas as chicas, desde que haja uma cama presente
dizem-lhes vá, sente, sexo de forma eloquente
quando elas vêm de barriga cheia, eles são inocentes
são muitas adolescentes com gravidez que não sabem a origem
lá nos bairros, aos 14 são lésbicas, se ainda forem virgens
putos seguem a caminhada, sempre com a polícia na interferência
e sempre que saiem da esquadra, dão entrada nas urgências
não é sarcástico dizer, que isso é pouco ou quase nada
basta um guarda com enxaquecas para perderem o corpo na esquadra
arriscada vida de risco, sempre acidentada
a morte bate à porta todos os dias até lhes apanhar em casa
aos centros de reincersão social, eles agradecem tamanha ajuda
lá podem comer, dormir e aprimorar técnicas de fuga
são esses putos que durante a noite fazem te ter mais 5 pernas
são eles que fazem cair ministros da administração interna
boas intenções não servem , para quem tem de sobreviver
eles querem tudo, não têm nada a perder
depois é ver a nossa oligarquia, erguer vozes contra esses chavais
que a sociedade marginaliza, e não quer que sejam marginais".
Vorph "ги́ря" Valknut
"Masked in merciful weakness
A tribute of ritual prey
The frozen surface cracks
Dressed in iconic grace
Bottomless the void veiled in smoke
Floods the pit of dreams
The martyrdom of perfection
A phantom construction dead
The anesthesia of repetition
Let monotony and isolation reign
Will our persistence fade like daggers?
(Daggers) daggers of black haze
Mute now, the anthems and dogmas
Cynicism reproduced
The reliefs watch unseen
In winding and rigid shapes
An ideology solidified
The fragments lost in time
From within inaccessible walls
Their elitism starves us blind
Unending eyes, they watch unseen
Starving for themselves in me
Masked in merciful weakness
A tribute of ritual prey
The frozen surface cracks
Mute now, the anthems and dogmas
Cynicism reproduced
The reliefs they watch unseen
Will our persistence fade like daggers?
(Daggers) daggers of black haze
daggers of black haze
daggers of black haze"
Vorph "ги́ря" Valknut
Vorph "ги́ря" Valknut
Vorph "ги́ря" Valknut
Jordan Bernt Peterson é um psicólogo clínico canadiano e professor de psicologia da Universidade de Toronto. Suas principais áreas de estudo são a psicologia da anormalidade, social e pessoal, com particular interesse na crença ideológica e na psicologia da religião.
Na primeira década de 2000, renovou-se o interesse na pesquisa médica pela Psilocibina (cogumelos alucinógenos) e do seu uso com fins de aplicações clínicas, farmacêuticas e hospitalares, como o alívio da ansiedade crónica, depressão clínica, e vários tipos de dependências. Em 2008, uma equipa de pesquisa médica da respeitada Universidade de Medicina de Johns Hopkins, EUA, publicou uma lista de recomendações para a condução responsável de pesquisa médica em testes com psilocibina e outros alucinógenos em humanos. Um estudo de 2010 sobre os efeitos de curto e longo prazo da psilocibina em ambientes clínicos concluiu que, apesar de um pequeno risco de reações emocionais agudas temporárias, como a ansiedade ou o pânico, "a administração de doses moderadas de psilocibina em pacientes saudáveis e capazes de cuidar-se de si mesmos, dentro de um contexto de um ambiente monitorado, demonstra um nível aceitável de risco."
Por que razão os estados alterados de consciência exercem tão grande fascínio sobre a espécie humana? Podem esses estados revelar-nos algo sobre as nossas origens e lugar na natureza? As pesquisas do etnobotânico Terence McKenna relatadas em O Pão dos Deuses, versando a relação ancestral dos seres humanos com as substâncias químicas, abrem uma porta para o divino e sugerem uma solução para salvar o nosso mundo perturbado. McKenna procede a uma revisão do papel histórico das drogas nas culturas orientais e ocidentais, desde os antigos comércios de especiarias, açúcar e rum até à marijuana, cocaína, drogas sintéticas e mesmo a televisão - ilustrando o desejo humano de provar do "pão dos deuses", bem como as enormes potencialidades de substituir o abuso de drogas ilegais por um entendimento xamânico baseado no comunitarismo, na reverência pela natureza e numa auto-consciência em constante expansão.
Vorph "ги́ря" Valknut
Vorph "ги́ря" Valknut
Vorph "ги́ря" Valknut
- Quem és tu?
- Ainda ando a descobrir.
- O que já achaste?
- Quase nada.
- Gostava de conhecer-te, melhor.
- Eu não.
Vorph "ги́ря" Valknut
Vorph "ги́ря" Valknut
O antigo socialismo caracterizava-se pelo Monopólio Estatal de todos os meios de produção. O Novo Capitalismo caracteriza-se pelo Monopólio Privado de todos os meios de produção
Num, como noutro, não há livre concorrência, ou liberdade de escolha. De ambos podemos esperar resultados iguais.
Vorph "ги́ря" Valknut
O antigo socialismo caracterizava-se pelo Monopólio Estatal de todos os meios de produção. O Novo Capitalismo caracteriza-se pelo Monopólio Privado de todos os meios de produção
Num, como noutro, não há livre concorrência, ou liberdade de escolha. De ambos podemos esperar resultados iguais.
Vorph "ги́ря" Valknut
O antigo socialismo caracterizava-se pelo Monopólio Estatal de todos os meios de produção. O Novo Capitalismo caracteriza-se pelo Monopólio Privado de todos os meios de produção
Num, como noutro, não há livre concorrência, ou liberdade de escolha. De ambos podemos esperar resultados iguais.
Vorph "ги́ря" Valknut
Veias a céu aberto, Jardim da Corujeira, Porto, hoje.
Vorph "ги́ря" Valknut
Vorph "ги́ря" Valknut
Aquando da sedentarização das comunidades humanas (15.000 AC), após a domesticação das sementes e dos animais, era comum a derrota "militar" de uma comunidade (de agricultores), por outra (nómadas), não ser acompanhada pela ocupação do território, em virtude, precisamente, do nomadismo da vencedora. A luta tinha como objectivo imediato o saque de "bens mobiliários" (ex: riquezas, alimento, mulheres, crianças, etc).
Mais tarde, quando as "tribos guerreiras" nómadas, perceberam as vantagens da sedentarização (acumulação de alimento, sem necessidade de uma "eterna" deambulação) passaram a ocupar permanentemente o território da comunidade vencida, tornando-se, "obrigatória", a criação de uma Ideologia legitimadora desse novo status quo. Esta nova ideologia de Dominância visaria, quer a continuação do privilégio, o tributo pago à minoria guerreira a expensas da colectividade derrotada, quer a criação e manutenção de uma concórdia, de forma a evitarem-se as crises, económicas e sociais, que fizessem perigar o dito privilégio. Coube, assim, aos "novos" Senhores (hoje, CEO´s), auxiliados pelos "antigos" (os políticos, de hoje, "convencidos" pela atribuição de lugares nas hierarquias de Poder), a elaboração de Novos Mitos Fundadores que dessem peso moral, religioso (mais tarde legal), ou seja, que dessem legitimidade ao roubo.
Esta é uma das origens aventadas para o Estado e para a Ideologia de Estado. Os ideólogos encarregues de convencer a comunidade dos "comuns", das virtudes desta nova Estrutura de Poder, foram os Sacerdotes (hoje designados, Economistas), excelsos criadores de mitos e ritos em nome do Altíssimo (outrora ungiam-se os reis em óleos sagrados, hoje empossam-se governos e presidentes, já não com óleos, mas através de ritos com reminiscências sagradas).
Posteriormente, com a perda de poder desses "advogados de deus", contaram-se outras estórias, inventaram-se novos ritos, com propósito semelhante. Uma das estórias mais vezes contada é aquela que nos diz que o Estado protege/favorece o Bem Comum. Contudo, se analisarmos de perto tão altruística promessa veremos derivar, esta, secundariamente, de uma outra que garante, a uns poucos, Bens verdadeiramente Incomuns.
Outro admirável novo mito foi a invenção do Contrato Social, contrato, este, que nunca ninguém viu, ou leu, mas que nos dizem, esses "homens grávidos de leis", ter sido assinado por cada um de nós. (alguém, alguma vez, nos perguntou que Estado queríamos ter?)
Olhando para a História constatamos que também a estória do Estado se repete, em circulo. Num circulo onde cabem ciclos virtuosos, mas também outros viciosos, contando-se nestes, aquele que o Estado usa para se fortalecer, através do enfraquecimento dos cidadãos que jura representar.
Concluo, dizendo, que o Poder do Estado (ou de uma Corporação/Empresa; A Corporação como um novo Estado, poderá ser motivo para um futuro postal) fortalece-se e continuará sempre a fazê-lo, pelo enfraquecimento do Poder Social, pelo empobrecimento da Sociedade.
Recordando Toqueville:
Existem algumas nações europeias cujos habitantes são indiferentes ao destino do sitio onde vivem. Qualquer grande transformação nele ocorrido, não é nunca da sua responsabilidade. Muitos nem se dão conta das mudanças. Suspeitam delas, ouvem dizer, mas não se ralam. Não ligam ao governo da sua cidade. Dizem e pensam que são coisas que não lhes cabe decidir, ou sequer nelas pensar. Dizem que cabe ao Estado, esse grande e abstracto "ser". Pensam no Estado como o seu Senhorio. Estão de tal modo divorciados dos seus interesses, que mesmo quando confrontados com alguma decisão nefasta para eles, ou diante de algum perigo, preferem cruzar os braços e esperar pelo socorro do Estado. Abdicam assim da sua Liberdade, não abdicando, ironicamente, do desprazer de serem mandados pelo Estado. Mal vêem os seus problemas resolvidos pelo Estado, rapidamente se rebelam contra os seus "abusos", ou a injustiça da sua Justiça. Quando um país chega a este estado de coisas, deve urgentemente mudar de regime, de leis, pois deixou de existir Virtude Pública. Sociedade. O Cidadão desapareceu, tendo ficado no seu lugar um "*gajo(a)".
*sujeito, no texto original.
― Alexis de Tocqueville, Democracia na América
Vorph "ги́ря" Valknut
Vorph "ги́ря" Valknut
Escolhi uma abordagem, que julgo diferente, embora, de certeza, não original, para falar do Estado. E esta passará por comparar o nascimento e vida do Estado, com o nascimento e vida dos Organismos multicelulares, ou seja seres vivos formados por vários tipos de células, dotadas de diferentes funções. No final falarei das fragilidades desta forma de Organização.
No inicio a " Terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus movia-se sobre a face das águas; Génesis,1" surgindo, nas "águas", as primeiras estruturas auto-organizadas conhecidas como moléculas. Mais tarde estas ganharam a capacidade de se associarem em super-estruturas, formando as primeiras células, constituídas por partes/organelos com diferentes funções - ex: umas especializadas em captar alimento/produzir energia (mitocôndrias), outras em gerarem cópias de si (ex: proto-DNA). E por obra do acaso e da necessidade as que se associaram, em organismos multicelulares, há 3 biliões de anos, ganharam vantagem sobre as outras, que sozinhas permaneceram (organismos unicelulares). Pela lei da evolução de Darwin, aqueles sistemas de células mais complexos (sociedades de células), prevaleceram sobre outras formas existenciais, pois o beneficio global ganho era maior que os ganhos dos seus concorrentes, mais simples. Num instante, tendo em consideração a idade do planeta (4,5 biliões de anos), surgiram há 2,5 milhões de anos, os primeiros hominídeos (género Homo), Organismos Altamente Complexos, destacando-se, nestes, a singularidade do seu Cérebro - um Centro de Comando altamente desenvolvido, que nos faz únicos entre os demais animais.
Assim é o Estado, uma criação intelectual humana, cujo molde cultural talvez tenha sido a Organização Administrativa/Política das primeiras Cidades (8000-10.000 anos, atrás). Os Estados têm com os Super-Organismos diversas semelhanças. Também neles existe Especialização das partes que o constituem - segurança»»sistema imunitário , comunicação »» sinais neuro-endócrinos. Contudo para que seja possível um trabalho simbiótico, entre as suas diversas partes, é necessário que exista um Aparelho de Comando, que dite as ordens, esboce as regras, através das quais as vontades das partes se subordinem à vontade do Todo. A este Aparelho de Comando, deu-se o nome de Estado. Recorrendo à analogia do aparecimento da vida complexa e, novamente, ao Evolucionismo, inferimos que qualquer forma de organização complexa tem vantagem sobre as mais simples, sobretudo, em virtude da sua melhor capacidade adaptativa às mudanças, no ambiente/exterior onde se insere. Aliás, existe uma "Escola de Pensamento", na Biologia Evolutiva , que advoga o "gosto da vida" pela complexidade, defendendo que quaisquer que sejam as futuras formas de vida elas serão sempre mais complexas , como se houvesse uma lei natural favorecedora da Complexidade. Mas também os sociólogos, os politólogos e os filósofos defendem que as Estruturas de Poder/de Organização Social obedecem à mesma Lei da Complexidade, dando, a titulo de exemplo, os Organismos Multinacionais/Transnacionais (U.E. OMC, NATO, U.N,e tc), que evoluindo dos Poderes Locais Nacionais, os suplantaram (suplantarão?). Segundo, estes, ao futuro pertence um Governo Mundial.
Bom, é altura de destacar os problemas do Estado e de todas as Estruturas que chamam a si a coordenação de outras. Idealmente um Centro de Comando deve deixar que as partes, a si, subordinadas, tenham alguma liberdade de actuação/individual, pois a sobrevivência de uma Estrutura depende da flexibilidade da sua Cadeia de Comando/Hierarquia. Estados/Organismos demasiadamente centralizados (pouco flexíveis, portanto), com cadeias de comando rígidas (burocráticas/excessiva especialização), apresentam claras desvantagens competitivas perante outros mais "liberais" (ex: Autoritarismo vs Liberalismo; Organismos pouco especializados - ex: omnívoros - vs Organismos muito especializados - ex: carnívoros estritos).Torna-se, assim, fundamental para o bom funcionamento estrutural, a existência de um equilíbrio entre a liberdade individual das partes, constitutivas do Todo, e o Centro de Comando/Estado, que as coordena/submete.
Depois é necessário mitigar, ainda, o "desejo", inato, de liberdade das partes/individuo, reactivo às imposições ditadas pelo Centro de Comando, expresso nessa vontade de fugir de qualquer hierarquia imposta/arbitrária, orgânica, ou social, o que de certa forma se relaciona com o acima, já, abordado. Mais especificamente, falo do conflito existente entre Ordem e Liberdade. A uma Ordem estrutural crescente estará associada, sempre, uma diminuição da Liberdade de cada uma das suas partes, aumentando o risco de desordem, de desestruturação do Estado/Organismo, através de rebeliões, ou doença (a doença, como o cancro, pode ser interpretada, em termos darwinistas, como a rebelião de um conjunto de células, individuais, contra um organismo "totalitário").
Falarei, finalmente, doutra propriedade, intrínseca à vida, mas também de quaisquer "seres" intelectuais, produzidos pela mente, como as ideias/memes. Ou seja, da Vontade, inexorável, de Perdurar. Vemos, isso, na Ciência em que as novas verdades, representadas por novas formas de pensar, demoram décadas a substituírem as antigas, tidas outrora como imutáveis (ex: Geocentrismo). Vemos, isso, também, em todas as forma de vida, que ao detectarem um estímulo nocivo, dele se afastam. E vemos, finalmente, essa característica, nas ideias políticas/económicas, que perante a ameaça de serem destronadas por outras mais adequadas ao Real, as tentam eliminar, nem que para isso adequem o real à ideologia por elas professada. Assim percebemos como se tornam difíceis as reformas mentais, antecessoras de qualquer reforma ideológica, política ou não. Pois tal como sucede com a bactéria, com o ser humano, ou com o "bicho" Estado, também as ideias anseiam pela sua existência, possuindo quem por elas viveu e possuindo aqueles que lhes deram, um dia, existência ("possuímos as ideias que nos possuem"; Edgar Morin). Paradoxalmente, desta vontade férrea de existir surge a maior ameaça àquele, ou àquilo, que pretende, a todo o custo, continuar a "viver como habitualmente".
Concluo, inspirado pela citação de um famoso estadista, da nossa praça:
" A Realidade acaba sempre por tirar o tapete à ideologia"
Na política, como na vida, não existem fatalidades... bom, talvez haja, mas só no final.
(Texto publicado no blog Rasurando)