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Vorph "ги́ря" Valknut
"Gripe pode entrar em epidemia dentro de uma semana"
Directora-geral da Saúde, Graça Freitas.
O Medo como Instrumento de Controlo Social
O uso político dos medos reais, sendo potencializado e fortalecido pela ameaça dos medos potenciais, visam o domínio da livre deliberação individual, técnica, esta, frequentemente empregue nas ditas, e características, Escolas de Reeducação, dos Regimes Totalitários, como o Chinês, mas não só. O medo, ao sobrecarregar estruturas neurológicas primitivas - sistema límbico/amígdala - secundariza o pensamento racional deliberativo, representado pelo córtex cerebral. Desta forma o comportamento individual é ditado pelo impulso/emoção, tendo como objectivo a sobrevivência no curto prazo, e não pelo pensamento ponderado, deliberativo, racional, individual, definidor de quem somos (nesta ameaça constante todos agem/parecem iguais).
A gestão social do medo é um dos principais motores do controlo da sociedade moderna, sendo para isso fundamental a criação de uma sensação permanente de ameaça. Simultaneamente as Instituições de Poder criam as respostas ao medo por elas gerado- eis o seu, paradoxal , raison d´ être.
A manipulação do individuo, pelo medo, é o mais forte e o mais antigo instrumento de dominação empregue nas Técnicas de "lavagem cerebral" (ex: a ameaça provinda do exterior fortalece a unidade entre os membros de uma seita). O individuo entrega-se então voluntariamente a quem se afigura como Autoridade credível (Estado/Especialista), que lhe promete a salvação.
Conforme salienta Zygmunt Bauman, “a ideia de progresso assenta sobretudo na ameaça da mudança implacável e inescapável, uma mudança não prevista". Em vez de augurar uma paz e alívio, as futuras mudanças pressagiam o esforço contínuo de adaptação, sem descanso, ameaçando sempre com exigências sociais novas, invalidando a paz das rotinas, do hábito, do conhecido, do rotineiro.
O Medo é, por hoje, neste "Mundo Moderno de Liberdade" o mais eficaz Instrumento de Domínio.
” Pessoas assustadas, são pessoas dóceis.” – Leandro Karnal