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Vorph "ги́ря" Valknut
Os Direitos Humanos iniciaram-se, e avançam, graças a pensadores Humanistas e não a pensadores liberais. O Humanismo é muito anterior ao liberalismo. O Humanismo não tem geografia (Lao Tze, Confúcio, Sócrates, Asoka, Buda, Bodhidharma, Séneca, Voltaire, Gerónimo, Henry David Thoreau, Mandela, Gandhi), nem cor.
O liberalismo político finge preservar a diferença. Mas na realidade aniquila-a. Pela propaganda política e cultural, homogeniza valores, pensamentos, hábitos, em nome de um Ideal Supra-nacionalista e Globalista. E quando encontra uma fímbria de resistência, em nome da "liberdade e do respeito pela diferença" declara as suas "Guerras Justas". As suas Jihads. A liberdade do liberalismo é a liberdade de Produção, do Consumo e do Sumo. Nada mais.
Quando se defendem as virtudes do liberalismo, defende-se um modelo económico, mais que um Modelo de Sociedade. Aliás, este é delegado para secundíssimo plano, pois as mesmas nações, ditas liberais, fazem comércio, "diplomacia", com outras que não permitem quaisquer liberdades.
O liberalismo obedece a uma agenda política, e por isso ideológica, em que a representatividade política é entregue a tecnocratas de Instituições Supranacionais, e não democráticas, usando a Complexidade do Conhecimento como defesa - o "povo" deve delegar no Especialista; o Cidadão, ignorante, deve deixar que decidam por si (o voto torna-se fútil, pois todas as propostas serão idênticas).
"Entretém-te meu anjinho, entretém-te, que eles são inteligentes, eles ajudam, eles emprestam, eles decidem por ti, decidem tudo por ti, se hás-de construir barcos para a Polónia ou cabeças de alfinete para a Suécia, se hás-de plantar tomate para o Canadá ou eucaliptos para o Japão, descansa que eles tratam disso, se hás-de comer bacalhau só nos anos bissextos ou hás-de beber vinho sintético de Alguidares-de-Baixo!"
Qualquer Ideologia, que defenda o Individualismo, é Inimiga da Comunidade, fazendo do Outro, um inimigo, potencial, de recursos e não um aliado de um empreendimento comum. A vida social é assim derrotada.
A liberdade não é um valor absoluto. A sua Ética e Moralidade avaliam-se pelos seus resultados e tem sido em nome do individualismo e da liberdade, sobretudo daquela liberdade de, cada um, ser feliz, de qualquer maneira, que se têm cometido as maiores barbaridades sobre a Dignidade Humana.